Um professor de 46 anos foi afastado das atividades escolares após ser acusado de assediar 4 alunas dentro da Escola Estadual João Florentino, localizada no Distrito do Caramujo, em Cáceres (a 225 km de Cuiabá). Três das vítimas tinham 11 anos e uma 10 anos de idade. O caso foi registrado como estupro de vulnerável.
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informou que o afastamento do docente se deu na tarde da última sexta-feira (24). Disse ainda que um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) foi aberto pela Diretoria Regional de Educação do polo de Cáceres.
O afastamento ocorreu dois dias após a mãe de uma das menores registrar um boletim de ocorrência contra o homem, na última quinta-feira (22). À polícia, ela contou que a filha há algum tempo vinha se queixando do professor e queria “matar” as aulas dele.
Ela disse que chegou a pensar ser 'birra' da filha. Contudo, conforme seu relato, só teve ideia de que se tratava de um assédio após a mãe de um colega de classe de sua filha a questionar se ela sabia do que estava acontecendo em sala de aula.
“O João* havia contado para a mãe dele que o professor estava fazendo gestos obscenos. (que especificados). Que o referido professor ficava olhando para o bumbum das meninas da sala, que ele ficava passando o tempo todo a língua nos próprios lábios, e que havia convidado as alunas para que elas sentassem no colo dele”, relata a mãe de uma das meninas no boletim de ocorrência.
Ainda de acordo com a BO, na quarta-feira (22), as meninas que eram vítimas do docente elaboraram um plano a fim de filmá-lo com um celular e, assim, juntar provas em vídeos contra o suspeito. O receio, segundo as garotas, era de que ninguém acreditasse nelas.
O docente, no entanto, ficou sabendo da estratégia por meio de outra aluna e, no final da aula, tomou os celulares das alunas, desbloqueou os aparelhos e apagou as filmagens, segundo consta no boletim de ocorrência.
Após tomar conhecimento do caso, a mãe da menina denunciou esse e demais episódios que vinham acontecendo à coordenação escolar. No dia seguinte, ela e outras mães procuraram a Polícia Militar e, posteriormente, foram levadas à Polícia Civil para registro da ocorrência. O caso é investigado.
*Nome fictício.
Fonte: gazetadigital
Autor: Rodrigo Costa Foto Jorge Pinho/Cuiabá