O Corinthians continua sem vencer sob o comando de Vanderlei Luxemburgo e sai derrotado até quando joga bem. O time alvinegro conseguiu segurar o Flamengo no Maracanã até os acréscimos do segundo tempo, quando levou o gol que definiu a derrota no Maracanã na tarde deste domingo. O zagueiro Léo Pereira, machucado, virou atacante e marcou de cabeça, aos 48 minutos, o gol que garantiu a vitória dos cariocas no clássico válido pela sétima rodada do Brasileirão.
A derrota - mais uma - deixa o Corinthians afundado na zona de rebaixamento, com cinco pontos. O mais otimista corintiano pode entender o jogo como um sinal de que a equipe é capaz de ao menos escapar do grupo do descenso, onde está já há algum tempo. São seis jogos sem vencer no torneio, muitas trocas de técnico e nenhuma estabilidade. A única vitória aconteceu na estreia, em cima do Cruzeiro, quando Fernando Lázaro era o treinador.
Menos instável é o Flamengo de Jorge Sampaoli, que, embora tenha jogado mal, conseguiu emplacar o terceiro triunfo seguido no campeonato, o que lhe aproxima dos líderes do torneio. São 12 pontos e um lugar dentro do grupo dos seis mais bem colocados.
Contratado para chacoalhar o elenco e potencializá-lo, o controverso técnico argentino ainda não conseguiu fazer com que a sua equipe jogue como deseja. Pouco pressionou o Corinthians de Luxemburgo. A estratégia que vinha dando certo, na verdade, era a do veterano treinador corintiano. Não foi bem-sucedida porque os paulistas deixaram Léo Pereira livre para ir às redes nos minutos finais de um jogo com nuances diferentes entre equipes que buscam afirmação na temporada, embora vivam momentos bem distintos.
A proposta corintiana também não resultou em vitória porque os atacantes concluíram mal as jogadas de ataque, sobretudo os contragolpes. Yuri Alberto, ansioso, perdeu duas das melhores oportunidades corintianas. O camisa 9 parou em Santos e mandou para fora cabeceio relativamente fácil. Também chegou atrasado em finalização rasteira de Róger Guedes que passou rente à trave
O Corinthians, depois de levar gols em todos os últimos jogos com Luxemburgo, sairia de campo orgulhoso pela atuação de quase excelência da defesa e também por ter causado dificuldade ao oponente, tão valorizado por ter Pedro e Gabriel em sua linha de frente. O time de Luxemburgo, antes conhecido por abrir mão de jogar, resolveu jogar, mas foi castigado no fim.
A linha defensiva alvinegra vinha sendo competente em sua missão de parar o Flamengo. Destaque para o zagueiro uruguaio Bruno Méndez, escalado como lateral-direito na vaga do veterano Fagner, que fez um jogo muito seguro. Foi uma sacada de Luxemburgo que funcionou. Quando a defesa foi rompida, Cássio, sempre ele, apareceu para manter a baliza intacta.
Sem inspiração, o Flamengo sentiu falta de seu maestro, o uruguaio Arrascaeta. Ele jogaria, mas sentiu a coxa no aquecimento. Gabriel nada fez. Pedro foi substituído no segundo tempo. Os garotos, como Victor Hugo, tentaram alterar o panorama do jogo, sem sucesso. Foi, então, nos acréscimos, que Léo Pereira apareceu como o herói improvável. O defensor concluiu cruzamento de Cebolinha para as redes e fez explodir os mais de 60 mil flamenguistas no Maracanã.
Os dois têm compromisso fora de casa pela Libertadores na próxima quarta-feira, às 21h30. O Flamengo encara o modesto Ñublense no Chile, e o Corinthians, em situação adversa em seu grupo, duela com o Argentinos Juniors na Argentina.
FICHA TÉCNICA
FLAMENGO 1 X 0 CORINTHIANS
FLAMENGO - Santos; Wesley, Fabrício Bruno, Léo Pereira e Ayrton Lucas; Pulgar (Vidal), Thiago Maia, Victor Hugo (Matheus Gonçalves) e Gerson; Gabriel e Pedro (Everton). Técnico: Jorge Sampaoli.
CORINTHIANS - Cássio; Bruno Méndez (Fagner), Gil, Murillo e Matheus Bidu; Paulinho, Fausto Vera e Maycon; Adson (Wesley), Yuri Alberto (Romero) e Róger Guedes. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
GOL - Léo Pereira, aos 47 minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO - Rafael Rodrigo Klein (RS).
CARTÕES AMARELOS Bruno Méndez, Cássio.
RENDA - R$ 3.616.817,50.
PÚBLICO - 64.871 torcedores.
LOCAL - Maracanã, no Rio.
Fonte: ESTADAO CONTEÚDO Marcelo Cortes / CRF