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26 de Janeiro de 2025

Adolescente de 15 anos é identificado por DNA em cemitério clandestino

Adolescente de 15 anos é identificado por DNA em cemitério clandestino

A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) identificou, nesta sexta-feira (24), por meio de exame de DNA, a quinta vítima entre os doze corpos encontrados em um cemitério clandestino em Lucas do Rio Verde. Trata-se de um adolescente de 15 anos, com as iniciais W.S.M., que estava desaparecido desde 15 de setembro do ano passado. O vínculo genético foi confirmado através de amostras fornecidas pela mãe da vítima e processadas no Laboratório Forense da Capital.

O cemitério clandestino foi descoberto no dia 11 de janeiro, com restos mortais de doze pessoas, parte deles em avançado estado de esqueletização. Até agora, quatro corpos já haviam sido identificados por meio de confronto de impressões digitais e liberados para as famílias. O adolescente W.S.M. é a primeira vítima identificada pelo método de DNA, e outras oito ossadas aguardam esse tipo de análise ou identificação pela arcada dentária.

Os exames também incluíram análises antropológicas para definir as causas das mortes, que permanecem sob investigação. Segundo a Politec, a colaboração de familiares é essencial para avançar na identificação das vítimas. Parentes de pessoas desaparecidas, como pais, mães, filhos ou irmãos, são incentivados a comparecer às unidades do Instituto de Medicina Legal (IML) para fornecer material genético, que será cruzado com os dados armazenados no Banco Nacional de Perfis Genéticos.

A coordenadora de perícias em Biologia Molecular da Politec, Rosangela Guarienti Ventura, destacou a importância da participação da população. “Nesta ocorrência, oito das doze ossadas só poderão ser identificadas por DNA ou pela arcada dentária. Por isso, solicitamos que os familiares venham até uma unidade da Politec para uma coleta simples e indolor de saliva. Não é necessário boletim de ocorrência, apenas a documentação pessoal”, explicou.

A Politec informou que os exames nas demais ossadas estão em andamento e devem ser concluídos em breve. A identificação genética permitirá o confronto de dados em nível estadual e nacional, com o objetivo de oferecer respostas às famílias e avançar nas investigações sobre o caso do cemitério clandestino.

Fonte: pnbonline