O servidor afastado do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Ailton Lopes dos Santos Júnior, se manifestou na quarta-feira (1), após ser alvo da Operação Et Caterva, deflagrada pela Polícia Federal. O grupo ao qual ele faz parte é investigado por suspostas fraudes para sacar o auxílio emergencial de forma ilegal.
Conforme nota de esclarecimento, o ex-servidor definiu as informações veiculadas na imprensa como “antijurídicas” e “incompatíveis com a legislação vigente”. Ele nega que as investigações condizem com a realidade.
De acordo com Ailton, ele veio a público, um dia após seu afastamento, afim de colaborar para que os fatos sejam “devidamente esclarecidos”. “Ressalto que em momento algum fui informado, pela Polícia Federal, de que sou acusado de algo, sendo certo que fui convidado apenas a prestar esclarecimentos, nas investigações referentes à Operação ET Caterva. Não fui preso e tampouco alvo de condução coercitiva”, disse.
O ex-servidor alega ainda que imagens de uma pessoa sacando o auxílio em um caixa eletrônico foram atribuídas a ele. Porém, trata-se de outra pessoa, também investigada e presa.
“Meu maior patrimônio são a minha história, minha honra e dignidade, motivo pelo qual estarei ao lado da Polícia e da Justiça, auxiliando em tudo que for preciso para esclarecer todos os fatos atribuídos à minha pessoa”, se defende.
Operação Et Caterva
Segundo a Polícia Federal, o grupo criminoso atuava em Mato Grosso e mais 12 estados. Eles começaram com um esquema de precatórios, mas com a suspensão desses pagamentos, passaram a fraudar os pagamentos do auxílio emergencial liberado pelo governo federal.
Os servidores do TRE falsificavam e-título, o título eleitoral eletrônico, usando fotos de integrantes da quadrilha, para que eles pudessem ir ao banco sacar os valores. O grupo recebeu ilegalmente mais de R$ 1,3 milhão em 1.570 saques.
Fonte: gazetadigital
Autor: Vitória Lopes Foto João Vieira