O delegado da Polícia Federal Roberto Moreira da Silva Filho, 35 anos, morto nesta sexta-feira (26), durante uma ação de fiscalização em Aripuanã, integrava a PF desde dezembro de 2020, sempre atuando na área de crimes ambientais.
Roberto era natural de Brasília, onde se formou em Direito, e passou a chefiar a Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico (Delemaph) de Mato Grosso em setembro de 2021.
Enquanto esteve na PF, o delegado também participou de diversas operações de combate à extração ilegal de minério, como a Alfeu IV, que desmantelou três garimpos na Terra Indígena Sararé, em Pontes e Lacerda (450 km a oeste de Cuiabá).
A última operação em que esteve presente, a Onipresente, fazia parte de um programa federal chamado Guardiões do Bioma, que combate extração ilegal de madeira. A ação é realizada em conjunto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na Terra Indígena Aripuanã.
Recentemente, a PF estimou que ao menos dez caminhões deixam a Terra Indígena Aripuaña diariamente, carregados ilegalmente com toras de madeira de alto valor comercial, o que motivou a corporação a anunciar, em julho, que intensificaria suas ações.
A morte do delegado ocorreu durante a abordagem de um madeireiro que conduzia um caminhão. O motorista não obedeceu a ordem de parada e jogou o veículo para cima da equipe da PF, que reagiu atirando contra o veículo.
Nesse momento, uma bala teria ricocheteado do caminhão e atingido Roberto, que veio a óbito.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, em seu perfil no Twitter, homenageou o delegado: “Meus sentimentos aos familiares e amigos. Grande perda para a nossa PF
Na legenda da publicação, o ministro diz ter recebido com imenso pesar a notícia do óbito do chefe da Delemaph de Mato Grosso.
A Direção Geral da Polícia Federal também prestou homenagem a Roberto no site da PF: "Condolências e solidariedade aos familiares e amigos enlutados".
Fonte: midianews
Autor: ANGÉLICA CALLEJAS DA REDAÇÃO Foto Polícia Federal