A juíza da primeira Vara Criminal de Sinop, Rosângela Zacarkim dos Santos, recebeu a denúncia contra Edgar Ricardo Oliveira, por sete homicídios qualificados no caso que ficou conhecido como Chacina de Sinop. A magistrada acolheu pedido do Ministério Público e converteu a prisão temporária do réu em preventiva.
A decisão é desta quinta-feira (23.03). “Diante de todo exposto, tenho que as medidas cautelares diversas da prisão, previstas no artigo 319 do Código de Processo Penal, revelam-se insuficientes e inadequadas ao presente caso, dada a gravidade dos fatos praticados, a qual evidencia a periculosidade do denunciado, de modo que, a decretação de sua contrição cautelar é medida de rigor.”, determinou a juíza.
O Ministério Público denunciou Edgar Ricardo de Oliveira, nesta quinta, por sete homicídios qualificados (motivo torpe, emprego de meio cruel, por meio que resultou perigo comum e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima), furto qualificado e roubo majorado. Ele responderá ainda por mais uma qualificadora, por ter matado vítima menor de quatorze anos. O outro envolvido, Ezequias Souza Ribeiro, morreu em um confronto com a polícia.
As vítimas da chacina foram Maciel Bruno de Andrade Costa, Orisberto Pereira Sousa, Elizeu Santos da Silva, Getúlio Rodrigues Frazão Júnior, Josue Ramos Tenorio, Adriano Balbinote e Larissa de Almeida Frazão (12 anos).
Na denúncia encaminhada à juíza, o Ministério Público destacou a forma perversa como o réu cometeu o crime.
“Se não bastasse, merece destaque também o modus operandi utilizado na empreitada criminosa pelo acusado EDGAR que, de inopino, efetuou disparos de arma de fogo contra as primeiras vítimas enquanto estas se encontravam rendidas e encurraladas na parede pelo seu comparsa e outras duas nas costas, enquanto corriam do local, sem que elas pudessem esboçar qualquer reação defensiva. Ademais, de forma totalmente perversa e repugnante, ceifou a vida da jovem LARISSA, uma menina de apenas doze anos, com uma vida repleta de possibilidades e perspectivas, o que traz consequências para a sua vida e de toda sua família, deixando uma mãe enlutada por um crime tão brutal que subverte a ordem natural da vida.”, destacou a promotora Carina Sfredo Dalmolin.
Fonte: Capital Notícia