A modelo cuiabana Nayara Vit, 33 anos, morreu após cair do 12º andar do prédio em que morava em Santiago, Capital do Chile, na última quarta-feira (7). A morte foi informada na madrugada de quinta-feira (6) à família, que suspeita da possibilidade de a ocorrência se tratar de um caso de feminicídio.
O primo de Nayara, o jornalista Sérgio Henrique Puga, informou que a família cobra uma investigação rigorosa do caso.
Isso se deve ao fato de que a versão apresentada pelo marido da vítima, o empresário Rodrigo Del Valle Mijac, vai em desencontro com o relato da babá que estava no apartamento no momento da ocorrência.
Conforme explicou Sérgio, o marido de Nayara, que é diretor de uma empresa de telecomunicações, disse que estava na sala quando a mulher saiu do quarto correndo e se atirou da sacada.
Contudo, ao prestar depoimento, a babá que estava no apartamento cuidando da filha de Nayara de 4 anos contou que ouviu gritos da vítima, sucedidos do barulho de um vaso quebrando no chão do prédio e posteriormente o som da queda da modelo.
À reportagem, o primo de Nayara disse que o comportamento recente da modelo não revelaria perfil suicida e que o conflito de narrativas nos depoimentos causa estranheza à família.
"A última pessoa que cometeria suicídio é a Nayara. Ela havia conversado com a mãe horas antes pedindo que a mãe fosse visitá-la e, durante a tarde, falou também que estava animada com o retorno das academias, porque conseguiria treinar", afirmou Sérgio.
Além disso, segundo ele, a prima estava animada organizando um projeto novo na área de cuidados fitness. "A gente não está culpando ninguém, nem temos provas para isso, mas queremos saber o que aconteceu", apontou o jornalista.
Além dos relatos conflitantes sobre a morte de Nayara, outro fato que levantou suspeita da família diz respeito à suposta falta de cobertura da morte da modelo na imprensa local.
De acordo com Sérgio, diversos comunicados foram encaminhados para veículos de mídia de Santiago. Contudo, somente dias após a morte da modelo é que o óbito começou a aparecer na imprensa, o que poderia indicar uma possível tentativa de abafamento do caso.
Sérgio informou ainda que o corpo de Nayara segue sendo examinado a fim de coletar provas e, por conta disso, não foi realizado nenhum tipo de rito fúnebre até o momento. Neste momento, a família mantém diálogo com a Embaixada brasileira em Santiago a fim de garantir mais informações sobre o caso, que é investigado pela polícia local, e, paralelamente, mobiliza a hashtag #todassomosnayara.
Cuiabana, Nayara se mudou para São Paulo aos 15 anos para seguir a vida de modelo internacional. Posteriormente, mudou novamente para o Chile, onde constituiu família e estabilizou sua carreira.
Fonte: gazetadigital
Autor: Khayo Ribeiro Foto Reprodução