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23 de Agosto de 2023

Juiz recebe denúncia contra oficial de Justiça acusado de cobrar propina de empresária

Juiz recebe denúncia contra oficial de Justiça acusado de cobrar propina de empresária

Em decisão publicada no Diário de Justiça desta terça-feira (22) o juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, recebeu a denúncia do Ministério Público contra o oficial de Justiça Francisco Rodrigues da Silva pelos crimes de corrupção passiva e porte ilegal de arma de fogo. Ele chegou a ser preso em 2019 após cobrar propina de uma empresária para não executar penhora de bens.

 

A ação penal foi movida pelo MPMT contra Francisco, acusando-o pela suposta prática dos crimes previstos nos artigos 316 do Código Penal (exigir para si vantagem indevida, ou seja, corrupção passiva) e 14 da Lei Federal 10.826/2003 (porte ilegal de arma de fogo de uso permitido).

 

A denúncia foi oferecida no dia 17 de junho de 2020. Em agosto de 2022 o Ministério Público foi consultado se pretendia propor acordo de não persecução penal, mas o órgão se recusou. O magistrado entendeu que há provas suficientes contra o oficial de Justiça e recebeu a denúncia.

 

“A despeito de se tratar de prova indiciária e unilateral, anoto que as provas mencionadas na denúncia são elementos suficientes para o desencadeamento da ação penal, [...] Recebo a denúncia oferecida em face do réu supracitado, por satisfazer os requisitos legais, vez que amparada em indícios de autoria e materialidade”, disse.

 

A defesa dele tem 10 dias para apresentar resposta à acusação.

 

Prisão e afastamento

 

Francisco foi preso no dia 5 de junho de 2019 acusado de pedir dinheiro para executar a penhora de bens de Patrícia Verônica Paiva de Castro e Moura. Ele teria pedido R$ 2 mil, mas a mulher disse que só tinha R$ 500 e ele aceitou.

 

A mulher denunciou o homem à Polícia Civil após ser vítima de extorsão. Ela é alvo de uma ação por conta de atraso em taxa de condomínio e já teria realizado a conciliação, mas o servidor afirmava que tinha a autorização de execução de penhora.

 

A direção do Fórum de Cuiabá instaurou um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar a conduta do servidor, que chegou a ser afastado de seu cargo.

Fonte: gazetadigital

Autor: Vinicius Mendes Foto João vieira