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08 de Maio de 2021

Líder comandava o tráfico de condomínio de luxo na Bolívia

Líder comandava o tráfico de condomínio de luxo na Bolívia

gado Polícia Federal, Adair Gregório, explicou que o líder, que não teve a identidade revelada, não chegava a se aproximar da droga, mas acompanhava de longe todas as etapas do transporte dos entorpecentes que saíam da Bolívia.

 

“O líder é um brasileiro, condenado por tráfico no País e que estava morando em um condomínio de luxo na Bolívia, em uma mansão. De lá, controlava toda logística. Era ele o responsável por controlar as aeronaves que vinham ao Brasil, as pessoas que ficavam nas pistas clandestinas e recebiam as drogas e também as viagens nos caminhões”, afirmou o delegado.

 

Preocupado em não ser descoberto, o líder mantinha contato direto com pilotos e outros comparsas por meio de um aplicativo moderno de mensagem para não ser rastreado.

 

A PF também informou que o brasileiro tinha empresas em Mato Grosso, mas não identificou o nome dos lugares.

 

Em 2011, ele foi preso em São Paulo enquanto fazia negociações de entorpecentes. Após três anos detido, ele conseguiu sair da prisão e deixar o Brasil.

 

Ele cruzou a fronteira com a Bolívia e nunca voltou para cumprir a pena. Desde então, seguia comandando o grande esquema criminoso.

 

Nova prisão

 

A operação, deflagrada na quinta-feira (6) pela Polícia Federal e Ministério Público Federal (MPF), teve início em 2019. Desde então, a busca maior era pelo líder.

 

No entanto, o delegado explicou que foi preciso esforço da equipe de inteligência da Polícia Federal, pois o brasileiro tinha toda cautela para manter sua identidade sob sigilo.

 

Ninguém que trabalhava para ele podia sequer mencionar seu nome e diversas aquisições de aeronaves e caminhões para o transporte da droga eram feitos com documentos falsos e laranjas.

 

“As pessoas nunca falavam o nome dele, tivemos que fazer um trabalho de investigação muito grande para provar que ele era o líder”, explicou.

 

No entanto, em 2020 os investigadores conseguiram achar provas suficientes para efetuar a prisão do líder. Com o apoio da Polícia Boliviana (CERIAN-Centro Regional de Inteligência Antinarcóticos), eles conseguiram prendê-lo.

 

Ele foi expulso para o Brasil e passou a cumprir pena no presídio de Corumbá (MS). Porém, mesmo detido, seguia se comunicando e orientando os familiares, que assumiram seu lugar no controle da logística do tráfico.

 

Após o cumprimento de 24 mandados de prisão preventiva, 14 de temporária, parte da família do criminoso acabou presa no Paraná. Um de seus "braços direitos" também foi preso, só quem em São Paulo, onde dava grande auxílio nas práticas criminosas.

 

Mesmo já detido, o líder também foi autuado novamente após o início da operação. Com isso, ele deve ser transferido para um presídio maior no decorrer dos próximos dias.

Fonte: midianews

Autor: VITÓRIA GOMES DA REDAÇÃO MidiaNews