O governador Mauro Mendes (DEM) admitiu que a chegada de 1,2 milhão de doses da vacina Sputnik V a Mato Grosso pode ser prejudicada por falta de aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em vídeo divulgado na tarde desta terça-feira (06), o gestor pediu ajuda da instituição para viabilizar a vinda dos imunizantes.
O contrato de compra das doses foi assinado em março, com previsão de chegada das vacinas para abril. Porém, pelo fato de a Anvisa ainda não ter recebido toda a documentação necessária, o uso do imunizante segue desautorizado no Brasil.
No vídeo divulgado pelo governo, Mendes pede ajuda da Anvisa e diz que assinou o contrato de compra dos imunizantes após ver na mídia internacional que 50 países estão utilizando a vacina.
"Por favor, nos ajudem. O que precisamos fazer? Se erramos, se falta alguma coisa, nos diga o que falta fazer, nós precisamos é disso neste momento. É saber objetivamente o que precisamos fazer para colocar mais essas doses aqui no nosso país", disse.
Conforme anunciado pelo governador, o Estado comprou as vacinas e repassará os imunizantes ao Programa Nacional de Imunização (PNI) caso a União arque com os custos da operação.
No Jornal da CBN Cuiabá, nesta manhã, o governador foi questionado sobre a possibilidade de o prazo inicialmente estabelecido para a chegada dos imunizantes ser alterado. Em resposta, Mendes admitiu que pode haver mudanças no calendário dependendo da liberação da Agência.
"Pode atrapalhar sim. Esse contrato, essa compra de 1,2 milhão, foi realizada através de uma articulação dos estados do Nordeste e estados da região Norte. Estados do consórcio do Nordeste, da Amazonia Legal, que Mato Grosso faz parte", afirmou.
"Hoje, vai ter reunião de 11 governadores com Anvisa, para tratar exatamente dos procedimentos burocráticos para liberação dessa autorização emergencial para vacina entrar Brasil", acrescentou.
No dia 31 de março, data em que a compra foi anunciada, o governador afirmou que o custo unitário das doses será de U$ 9.95, o que equivale a mais de U$ 11 milhões. O chefe do Executivo estadual disse também que o preço é mais barato do que o valor praticado pelo Instituto Butantan.
Fonte: gazetadigital
Autor: Khayo Ribeiro foto Mayke Toscano/Secom-MT