Ministério Público Estadual (MPE) instaurou inquérito para apurar ato infracional análogo ao porte ilegal de arma, por parte do ex-namorado da menor acusada de matar Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos. O pai do menor, o empresário Glauco Fernando Mesquita Correa da Costa, também poderá ser responsabilizado, já que era dono da arma.
A ação foi assinada pelo promotor de Justiça Milton Pereira Merquíades, no dia 25 de março. Conforme o documento, a ação foi representada pelos pais da atiradora, Marcelo Martins Cestari e Gaby Soares de Soares de Oliveira, para que apurar a conduta dos outros dois envolvidos.
Uma audiência para ouvir o menor e o empresário foi marcada para o dia 30 de maio. “O Ministério Público informa a Vossa Excelência e pugna pela juntada nos presentes autos dos ofícios expedidos por este Membro Ministerial, requisitando a instauração de Inquérito Policial perante a 18ª Promotoria de Justiça da Infância e Juventude”, disse o promotor ao juiz.
Campeão de tiro esportivo, o menor está proibido de ter "qualquer contato com armas de fogo, inclusive em treinamentos e competições de tiro esportivo" até completar os 18 anos. Em seu histórico de atleta, ele já foi campeão brasileiro e latino-americano no esporte.
Ele também só pode ficar fora de casa das 6 às 19 horas e aos fins de semana e feriados não poderá sair de casa. Entre as exceções estão a saída para culto religioso, desde que acompanhado pelos pais.
O adolescente de 16 anos também não pode frequentar bares, casas noturnas e se envolver em qualquer outro ato infracional - como são chamados os crimes cometidos por menores de idade.
O caso
Isabele Ramos, 14, foi morta pela melhor amiga no banheiro da casa dos Cestari na noite de 12 de julho. As duas estavam no banheiro do quarto da adolescente quando Isabele foi baleada na cabeça, na altura do nariz.
A atiradora alegou que o disparo foi acidental, mas foi desmentida pela perícia. A arma utilizada pertencia ao então namorado da adolescente, praticante de tiro esportivo, que levou duas armas à casa de Cestari para que ele fizesse a limpeza do equipamento.
Por ter levado a arma até o local onde ocorreu a morte, o adolescente respondeu por ato infracional análogo ao porte ilegal de arma.
Fonte: gazetadigital
Autor: Vitória Lopes Foto João Vieira