• Quarta-Feira, 27 de Novembro de 2024
  • 04:44h
04 de Outubro de 2021

O ministro da Educação, Milton Ribeiro defende divisão de institutos federais e foge de questionamento sobre inclusão de Mato Grosso na proposta do MEC

O ministro da Educação, Milton Ribeiro defende divisão de institutos federais e foge de questionamento sobre inclusão de Mato Grosso na proposta do MEC

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, defendeu a proposta de criação de dez novos institutos federais com a divisão de algumas unidades em diversos estados do país. O chefe do MEC, no entanto, fugiu dos questionamentos sobre eventual pressão para que Mato Grosso fosse incluído no projeto.

“Essa palavra divisão não é a mais apropriada. Nós temos que fazer desdobramentos. Nós temos um instituto federal em São Paulo e são 37 campi, algum reitor é capaz de cuidar de 37 cidades diferentes? Nem que ele visite uma por dia”, declarou, durante evento de entrega da Escola Cívico-Militar Cuiabana Profª. Maria Dimpina Lobo Duarte, nesta sexta-feira (1º).
 

A Educação não pode ter essa ideologia impregnada, nem de direita, mas também de esquerda não

A proposta foi criticada pelo Conselho Superior do IFMT (Consup), que ainda lamentou a postura de dois dirigentes do IFMT que estariam articulando junta ao MEC e a Bancada Federal a divisão de IFMTs localizados no Nortão.

Ribeiro não respondeu se há mesmo essa articulação, mas disse que o MEC está dialogando com os reitores dos institutos federais de todo o país. Garantiu que nenhuma mudança será forçada.

“Enquanto tem um que fala mal, tem dois que querem fazer o desdobramento. Surgem novas lideranças, progresso na carreira acadêmica, novos reitores, isso que vai acontecer. Estou muito tranquilo. A Educação não pode ter essa ideologia impregnada, nem de direita, mas também de esquerda não. Não podemos ter ali um comitê político de Cuba, nem de outro país que seja. Cuidando da educação, o Brasil vai pra frente”, declarou.

Na proposta do MEC, as novas reitorias seriam criadas na Bahia (duas em Salvador e uma em Ilhéus), Ceará (Fortaleza e Juazeiro do Norte), Maranhão (Imperatriz e São Luís), Pará ( Belém e Marabá), Paraná (Curitiba e Londrina), Praíba (João Pessoa e Patos), Pernambuco (Caruaru, Petrolina e Recife), Piauí (Picos e Teresina) e São Paulo (Campinas e São Paulo).

Por meio de carta, o Consup afirmou que a proposta do governo não contempla a criação de novos campi, novas ofertas de cursos e de matrículas, não prevê a liberação de novos códigos de vagas de novos servidores e nem incremento de orçamento.

 

 

Fonte: olhardireto

Autor: Airton Marques Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto