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  • 16:34h
30 de Julho de 2021

PF deflagra operação contra grupo responsável por fraudes na Saúde de Cuiabá

PF deflagra operação contra grupo responsável por fraudes na Saúde de Cuiabá

Polícia Federal e o Ministério da Saúde deflagraram na manhã desta sexta-feira (30) a Operação Curare, que tem como objetivo desarticular uma organização criminosa que atuava em fraudar contratações emergenciais e recebimento de recursos públicos a título de indenização sem processo licitatório.

 

Os serviços prestados ocorriam na Saúde do município de Cuiabá, especialmente no gerenciamento de leitos de terapia intensiva para o tratamento de pacientes infectados pela covid-19. De 2019 a 2021, o grupo recebeu R$ 100 milhões da Prefeitura de Cuiabá. 

 

Estão sendo cumpridos 21 mandados de busca e apreensão nas cidades de Cuiabá, Curitiba (PR) e Balneário Camboriú (SC). Além disso, há medidas cautelares de suspensão de contratos administrativos e de apagamentos indenizatórios, bem como a suspensão do exercício de função pública.  

 

Segundo a assessoria de imprensa da PF, as contratações emergenciais e pagamentos indenizatórios são relativos aos mais variados serviços, tal como: plantões médicos, disponibilização de profissionais de saúde, sobreaviso de especialidades médica, comodato de equipamento de diagnóstico por imagem, transporte de paciente e outros.  

 

Consta ainda que as empresas investigadas na operação ofereciam orçamentos de suporte para simular procedimentos de compra emergencial, como se fossem concorrentes. Mas, a investigação demonstrou a existência de subcontratações entre as pessoas jurídicas, que em alguns dos casos, não passam de sociedades empresariais de fachada.  

 

Com o agravo da pandemia do coronavírus, o núcleo empresarial passou a ocupar mais postos chaves nos serviços públicos prestados pela Secretaria Municipal de Saúde e na Empresa Cuiabana de Saúde Pública, assumindo a condição de um dos principais fornecedores da Prefeitura de Cuiabá, com pagamentos ao grupo que superam R$ 100 milhões entre os anos de 2019 e 2021.  

 

Nome da operação 

O nome da operação policial, curare, remete a substâncias tóxicas que produzem asfixia pela ação paralisante do sistema respiratório, cuja origem é associada ao conhecimento tradicional indígena. Na medicina, fármacos curarizantes são empregados em unidades de terapia intensiva, auxiliando o procedimento de intubação.

 

Outro lado

Em nota, a Prefeitura de Cuiabá informou que é a principal interessada na elucidação da investigação e afirmou que vai acatar as determinações judiciais. 

 

"A Prefeitura de Cuiabá informa que:
- O prefeito Emanuel Pinheiro é o principal interessado na elucidação de toda e qualquer investigação e vai acatar as determinações judiciais.
- A gestão preza pela transparência e se coloca a inteira disposição da Justiça."

Fonte: gazetadigital

Autor: Yuri Ramires Foto Polícia Federal