O comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel Alexandre Corrêa Mendes, disse na segunda-feira (6) que o órgão adquiriu, ainda em 2022, 800 pistolas de choque, ou seja, armas não letais para uso dos agentes durante ações de patrulhamento, principalmente abordagens policiais. Segundo ele explicou, a arma realiza trabalho neuromuscular, neutralizando a pessoa por alguns segundos.
Ainda de acordo com Mendes, o armamento está todo comprado, com processo instalado [de compra] desde o ano passado, e aguarda apenas a resolução de trâmites burocráticos para ser encaminhado dos Estados Unidos ao Brasil.
“Esse processo já está desde o ano passado. É um produto controlado. O Exército autorizou a aquisição de 800 pistolas”, disse Mendes em entrevista ao Programa Tribuna, da Rádio Vila Real.
A discussão sobre o uso de armas não letais em abordagens policiais tomou forma após a morte Diego Kaliniski, de 26 anos, alvejado e morto por policiais militares após resistir a uma abordagem na madrugada de 5 de fevereiro, em Vera.
O caso teve repercussão nacional. Os agentes envolvidos foram afastados de suas atividades e um inquérito foi instaurado para apurar o homicídio.
Em Vera, cidade em que Diego foi assassinado, o chefe da PM informou que os policiais da cidade devem receber espingardas de calibre 12mm - que têm funcionalidade letal e não letal.
Ainda nesta segunda, o chefe da PM disse que o novo governo federal editou, em janeiro, um novo decreto a respeito do tema no qual o Exército Brasileiro passou a exigir documentos adicionais de certificação e importação desses produtos.
Isso, segundo Mendes, é um dos entraves burocráticos e motivo pelo qual as pistolas ainda não desembarcaram em Mato Grosso.
“Os armamentos se encontram prontos. Eles estão no estado do Arizona (EUA). Tá faltando essa parte burocrática para que o governo estadual após emitir a carta de crédito e assim efetivar o pagamento”, disse.
O coronel também revelou que uma comissão será encaminhada a Brasília para acelerar a liberação das pistolas por parte do Exército. Após o sinal positivo por aqui, uma equipe irá aos Estados Unidos para tentar a liberação do armamento o quanto antes, disse o comandante.
Fonte: gazetadigital
Autor: Rodrigo Costa Foto Divulgação