A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar um crime de fake news contra a deputada estadual Janaina Riva (MDB).
O crime de difamação majorada, cometidos contra ela via aplicativo de mensagens, teria como autores pessoas e parentes ligadas ao prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB).
Entre as pessoas que serão investigados estão uma prima do prefeito, um ex-servidor da Prefeitura de Cuiabá (já indiciado por fake news contra o governador Mauro Mendes e a primeira-dama Virgínia Mendes).
Segundo a parlamentar, a notícia falsa diz respeito a um suposto pedido de cassação dela, que circula em grupos de Whatsapp.
“Verifica-se que, a partir dos elementos de informações apresentados, há fortes indícios acerca da prática de crime contra a honra da vítima, vez que a divulgação e pulverização de notícia pretérita, desatualizada, falsa sobre ação judicial findada há quase dois anos, possui nítido caráter difamatório e com interesses escusos", disse o delegado Ruy Guilherme Peral da Silva em portaria publicada na última sexta-feira (13) e que deu origem ao inquérito policial 02/2023.
Divulgação
A deputada estadual Janaina Riva, alvo de fake news que seria de grupo ligado a Emanuel Pinheiro
"Pelo exposto e considerando que os fatos em questão configuram, em tese, o delito de difamação majorada, praticado pelo(s) suspeito(s) Nelise Esposito, Willian Sidnei e outros a apurar contra a vítima Janaina Greyce Riva", acrescentou.
Entenda o caso
Segundo Janaina, os ataques contra ela se intensificaram após começar a falar sobre o caos instalado na saúde de Cuiabá e a defender publicamente a intervenção na saúde da capital.
Segundo ela, o ‘modus operandi’ dos autores das fakenews consistiu em pegar uma notícia de 2018 onde o Ministério Público a acusava da prática de caixa 2 na campanha, acusação da qual ela foi absolvida e já está arquivada, enviar para sites de notícias de Cuiabá como se fosse algo novo para que eles republicassem com data atual gerando um novo link de notícia e parecesse um novo pedido de cassação.
De posse do link gerado pelos sites, os suspeitos compartilhavam em grupos de aplicativo de mensagens amplamente, com o intuito de macular a imagem da parlamentar.
Alguns sites que publicaram o conteúdo, ao perceberem que se tratava de fato inverídico e velho, retiraram o do ar imediatamente, porém o link que foi gerado por eles com a manchete continuava sendo compartilhado pelas pessoas citadas acima. Outros sites, um deles administrado pela esposa de um secretário da prefeitura de Cuiabá, deixou a notícia no ar e mesmo sabendo se tratar de notícia falsa e só retirou depois de a assessoria da deputada pedir que fosse retirado.
Fonte: midianews
Autor: DA REDAÇÃO