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08 de Março de 2022

Sesp cita quebra de sigilo e diz que investigação é prioridade

Sesp cita quebra de sigilo e diz que investigação é prioridade

O secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, afirmou que as investigações sobre possíveis irregularidades na aplicação das provas do concurso da Pasta devem terminar o quanto antes.

 

O concurso teve mais de 65 mil inscritos e ocorreu no dia 20 de fevereiro. Após a aplicação da prova, mais de 100 denúncias chegaram até o Ministério Público Estadual (MPE).

 

De acordo com Bustamante, a Polícia Judiciária Civil, responsável pelas investigações, já excluiu algumas denúncias e pediu a quebra de sigilo telefônico de alguns suspeitos.

 

“A prioridade da Polícia Judiciária Civil é encerrar investigações o mais rápido possível. Já foram feitas perícias, já estão pedindo algumas quebras de sigilo e estamos andando bem nas investigações. Acredito na competência da Polícia Civil para apurar todas essas denúncias”, afirmou o secretário à imprensa, nesta segunda-feira (7).

 

Não se pode calcular que 67 mil pessoas não enxergaram nada e só 100 que viram. Todo concurso tem suas polêmicas

Bustamante, no entanto, não detalhou sobre do que se trata a quebra de sigilo, se fiscal, telefônico ou ambos.

 

Segundo o secretário, parte das denúncias já foram descartadas pelos investigadores. Entre elas, está o uso indevido de aparelhos celulares durante a realização da prova.

 

“Tudo o que chegou, desde o início do concurso, a Secretaria está checando. Algumas denúncias são vazias, por exemplo: 'a pessoa estava do meu lado usando o celular na hora da prova'. Só que nada foi registrado na ata da prova”, disse.

 

“Vamos cancelar o concurso por que uma pessoa falou que uma outra pessoa estava usando o celular? E das 30 pessoas que estavam fazendo a prova, ninguém registrou nada em ata? Ninguém também viu a pessoa usando o celular?”, questionou.

 

Polêmicas

 

Questionado sobre a possibilidade de uma suposta tentativa de “boicote” por opositores do Governo do Estado, Bustamante garantiu que não há essa possibilidade. Segundo ele, todo processo seletivo tem suas “polêmicas”.

 

“Nós temos 67 mil inscritos e recebemos 100 denúncias. Isso é menos de meio por cento [dos participantes]. Não se pode calcular que 67 mil pessoas não enxergaram nada e só 100 que viram. Todo concurso tem suas polêmicas”, disse.

 

Investigação do MPE

 

A homologação final do certame, prevista para ocorrer em junho, foi suspensa até que as mais de 100 denúncias encaminhadas ao MPE sejam apuradas.

 

No MPE, as investigações estão sendo conduzidas pelas Promotorias de Justiça da Cidadania, Patrimônio Público e Segurança Pública, tendo à frente os promotores Marcos Regenold, Valnice Silva dos Santos e Reinaldo Rodrigues de Oliveira Filho.

Fonte: midianews

Autor: CÍNTIA BORGES E LISLAINE DOS ANJOS DA REDAÇÃO FOTO Mayke Toscano/Secom-MT