Após denúncias feitas pela técnica de enfermagem Amanda Delmondes Benício, apontando negligência e maus-tratos contra o major da PM, Thiago Martins de Souza, de 34 anos, que morreu por complicações da Covid-19, outras famílias também relataram problemas estruturais e péssimo atendimento no hospital São Judas Tadeu, em Cuiabá. Em uma reportagem exibida no programa Olho Vivo na Cidade (TV Cidade Verde 12.1), uma mulher que estava com o pai internado na unidade, disse que os documentos apresentavam divergência, sendo que em um deles, o pais estava registrado como do sexo feminino.
Ainda segundo ela, o pai tinha vários laudos diferentes no mesmo dia. A filha ainda alega que no dia 31 de março o pai foi entubado sem que ela fosse avisada.
Já um laudo do dia 29 apontava que o paciente havia apresentado melhora. Uma outra mulher disse que os custos de internação são absurdos.
Segundo ela, a diária na unidade é de R$ 10 mil, além disso os familiares ainda pagam medicamentos a parte e alimentação. Outra mulher disse que sua avó foi colocada numa sala que não é uma UTI (Unidade de Tratamento Intensivo).
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O Comando Geral da Polícia Militar oficiou ao Conselho Regional de Medicina (CRM-MT) e ao Ministério Público Estadual (MPE) uma solicitação de apuração na esfera administrativa e criminal, da denúncia de possível negligência sofrida pelo major PM Thiago Martinz durante internação em unidade hospitalar. O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), informou que até o momento a denunciante não registrou a denúncia no conselho.
Além disso, a corregedoria do CRM-MT instaurou uma sindicância para apurar a denúncia. Já o hospital, negou as denúncias e afirmou que as acusações espúrias "foram proferidas por uma funcionária que trabalhou 50 dias na Instituição, e foi demitida na semana passada justamente por práticas dissonantes com as exigidas pelo Hospital e, por isso, utiliza-se dessa pauta com cunho de promover retaliação e vingança".
A unida de ainda afirmou que irá adotar medidas cíveis e criminais cabíveis contra a profissional. Durante a entrevista, uma advogada chegou a responder alguns questionamentos, mas se esquivou de outros.
AMEAÇA DE MORTE
Também a emissora, Amanda Delmondes disse estar sofrendo ameaças de morte. Ela apontou que os pacientes são intubados de forma errada dentro do hospital. "Infelizmente todos que são intubados ali morrem", contou.
A médica disse que procurou os donos do hospital, identificados apenas como Arnaldo e Matheus, para comunicar a situação. No entanto, foi atendida por uma mulher chamada de Estefani.
Amanda ainda revelou que o major da PM chegou a ficar duas semanas internado sem tomar banho. Outro paciente chegou a cair da cama e sangrou muito na cabeça.
Fonte: folhamax
Autor: EMILY MAGALHÃES Da Redação