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05 de Abril de 2022

Justiça sequestra 23 carros de luxo de presos em operação

Justiça sequestra 23 carros de luxo de presos em operação

Vinte três veículos de luxo avaliados em mais de R$ 2 milhões estão entre os bens sequestrados pela Polícia Civil na Operação Imperial, deflagrada no mês de agosto pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos (DERFVA), para desarticular uma associação criminosa estruturada envolvida em na prática de crimes de roubo e adulteração de veículos. 

 

Na primeira fase, a operação cumpriu 55 ordens judiciais contra o grupo que também atuava em outros crimes correlatos ao roubo de veículos como tráfico de drogas na modalidade escambo  (troca de veículos, objetos de roubo/furto por entorpecentes), receptação, uso de documentos falsos, falsidade ideológica, estelionato, lavagem de capitais e outros. 

 

O objetivo do trabalho, dividido em duas fases, foi atuar na descapitalização e desmantelamento da organização criminosa. Para chegar aos autores e na responsabilização criminal de cada integrante, a delegacia reuniu uma farta documentação durante a investigação e também nas fases da Operação Imperial, quando foram cumpridas 84 ordens judiciais decretadas pela 7a Vara de Cuiabá, entre mandados de prisões, buscas e apreensões e medidas cautelares diversas contra a organização criminosa, além do sequestro de valores de contas bancárias e investimentos dos investigados.  

 

A Justiça atendendo representação da autoridade policial com parecer do Ministério Público determinou o sequestro de 23 veículos de luxo pertencentes à organização criminosa e a alienação antecipada dos bens sequestrados, estimados em cerca de 2 milhões de reais. 

 

Os bens móveis constituem objetos indiretos dos crimes investigados, ou seja, itens adquiridos com os proventos dos crimes, sendo o sequestro dos bens medida assecuratória pertinente, que busca assegurar a indisponibilidade dos bens imóveis ou móveis adquiridos pelo agente com o proveito extraído da ação criminosa. 

 

O delegado titular da DERFVA, Gustavo Garcia Francisco, disse que com a medida busca-se garantir  eventual reparação dos danos causados pela organização criminosa, cujos integrantes são acusados de cometer dezenas de roubos e estelionatos na região metropolitana, bem como a necessidade de impedir a deterioração dos bens. 

 

“Há indícios veementes da proveniência ilícita dos bens apreendidos que, supostamente, foram adquiridos como proveitos dos crimes de roubo e furto de veículos, estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Este viés de fortalecimento das investigações financeiras nas unidades especializadas da Polícia Civil atende o plano estratégico da instituição que busca asfixiar a criminalidade organizada, descapitalizando as organizações”, explicou o delegado. 

 

Investigação e desarticulação do grupo

A investigação identificou que o grupo criminoso foi estruturado para atuar em três frentes diferentes. Uma era responsável por executar os roubos e providenciar a estrutura para que os roubos fossem efetivados, como locação de residências, emprego de veículos locados e roubados para apoiar outras ações criminosas. 

 

Outra frente criminosa era responsável pela adulteração dos veículos roubados, que depois eram colocados à venda em sites de comércio eletrônico, e estelionatos praticados pela organização. A terceira frente executava a lavagem de dinheiro.  

 

Ao longo das investigações que vem desde 2018, o trabalho das equipes da unidade especializada conseguiu apurar o envolvimento de 25 integrantes do grupo em diversos crimes, entre eles em 22 roubos, cinco estelionatos, três usos de documentos falsos, três crimes de falsidade ideológica e ainda lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Fonte: gazetadigital

Autor: Da assessoria