Entre janeiro e outubro deste ano, 192 pessoas morreram em supostos confrontos com policiais em Mato Grosso, enquanto que no mesmo período do ano passado foram 87 mortes. As mortes por intervenção de agente do estado, isto é os homicídios praticados por policiais em serviço, tiveram um crescimento de 121%. Somente na Grande Cuiabá, estas mortes representam 32,7% dos crimes investigados pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Enquanto 122 pessoas foram assassinadas em situações envolvendo crime organizado, rixas, feminicídios, entre outras motivações, 40 foram mortas em supostos confrontos policiais. Somente em outubro, foram sete mortes. Conforme dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), ao longo de 2022 foram registradas 109 mortes por confrontos. Já este ano, os 192 óbitos praticados por agentes ocorreram em 57 municípios e Cuiabá lidera com 26 registros.
Em seguida, aparecem Sorriso e Várzea Grande, com 14 casos cada, Sinop com 10, Barra do Bugres com 9 e Alta Floresta com 8 crimes. Secretário de Segurança Pública e coronel da Polícia Militar, César Augusto Roveri justifica o aumento da letalidade em ações da Polícia Militar pelo fato das forças de segurança terem reforçado as atividades ostensivas e repressivas para combater organizações criminosas no Estado.
“Esse aumento da atividade policial ocasionou mais patrulhamento, a diminuição do tempo-resposta e, consequente, enfrentamento da criminalidade. Sendo assim, houve mais confronto das forças de segurança por resistência dos criminosos. Todos os casos em que há dúvida sobre a conduta dos polícias estão sob investigação da Polícia Judiciária Civil e da Corregedoria da Polícia Militar”.
Roveri acredita que os policiais têm atendido ao procedimento operacional padrão durante as abordagens ou ações em que ocorrem os confrontos Comandante da PM, coronel Alexandre Corrêa Mendes, reforça a estrutura dadas às forças de segurança, “dando condições ideais de trabalho ostensivo com equipamentos e viaturas modernas”.
“Com isso, mais policiais estão nas ruas e chegando mais rápido aos locais de ocorrências, confrontando os criminosos com mais efetividade. É importante ressaltar que o policial não sai de casa com a intenção de matar, mas sim defender a população e o cidadão de bem”, enfatizou, por meio de nota.
Ele reforça que todos os casos são investigados pela Corregedoria-Geral da instituição. Ele nega que aja falta de preparo dos policiais.
Fonte: gazetadigital
Autor: Silvana Ribas