A Polícia Federal indiciou um sargento da Polícia Militar, um assessor da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural e sua esposa por difamação em propaganda eleitoral e associação criminosa. No WhatsApp, o trio divulgava conteúdos pornográficos para prejudicar a imagem do então pré-candidato a prefeito de Barra do Garças (518 km de Cuiabá), Domingos Sávio de Souza. O candidato teve 6,22% dos votos válidos.
Os suspeitos teriam começado a fazer a divulgação das ‘fake news’ em julho de 2020, através de grupos do WhatsApp. Na época, foi enviado um vídeo de sexo explícito entre pessoas desconhecidas e atribuído ao pré-candidato e sua esposa.
A PF chegou ao trio após quebra de sigilo telefônico. Os três demonstravam apoio ao então prefeito de Barra do Garças, Wellington Marcos, na época adversário político de Domingos Sávio. Wellington ficou em segundo lugar com 25,09% dos votos.
O sargento da PM é lotado na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), mas também seria servidor da Prefeitura de Barra do Garças. Em depoimento, ele negou ter cargo no Executivo Municipal.
Durante cumprimento dos mandados nas casas dos alvos, a PF apreendeu celulares, computadores, tabletes, cartão de memória, pen-drives, agenda, documentos, chips e uma arma de airsoft.
A investigação concluiu a criação de um ‘gabinete de desinformação’ através de notícias falsas. O delegado Murilo de Oliveira Freitas diz que as inverdades em redes sociais devem ser combatidas com a aplicações de sanções/punição aos responsáveis por sua origem.
Ele acrescenta também que as ‘fake news’ formaram um cenário cibernético preocupante, principalmente nas questões eleitorais. Sendo assim, não se pode ignorar a dimensão do problema, tampouco deixar que ele domine ou manipule os usuários da internet.
Fonte: olhardireto
Autor: Fabiana Mendes Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto