Jayme Campos (União) avaliou que “algo de concreto existe” para que a prisão do general da reserva Walter Souza Braga Netto tenha sido decretada pela Justiça. O senador afirmou que o Congresso ficará do lado da lei e espera uma apuração dentro dos preceitos constitucionais. Ele afirmou que o cenário é “gravíssimo”, ainda mais considerando a possibilidade de que os atos tenham sido financiados por empresários do agronegócio.
Braga Neto é ex-ministro da Defesa e foi candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL) em 2022. Ele foi preso no contexto de uma operação que investiga suspeitos de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin.
“Como é um pedido de prisão do Supremo Tribunal Federal, eu imagino que algo de concreto exista para permitir essa prisão. (...) Quem sabe de fato e de direito, eu não tive acesso, é só aquele que fez o inquérito policial. Agora, o que se vê na imprensa é dizendo que ele participou, se participou ou não participou também eu não sei, agora eu imagino que certamente ele vai ter direito à ampla defesa e ao contraditório para provar se está envolvido ou se não está envolvido”.
Ao ser questionado sobre a fala de Braga Neto, de que o “pessoal do agro” forneceu dinheiro para o plano de golpe, Jayme avaliou que ainda não é momento de se apontar dedos, que é necessário aguardar as investigações.
“O agro tem 10 milhões de brasileiros, que trabalham nessa atividade no campo, agora se é do agro ou se não é do agro eu imagino que quem pode dar essa informação mais precisa é o próprio general Braga Neto, se de fato teve dinheiro do agronegócio para que ele pudesse financiar algum atentado contra o presidente da República, contra o Ministro Alexandre Moraes, contra Alckmin, etc. Vamos aguardar”.
O senador ainda afirmou que mais manifestações de membros do Congresso Nacional sobre o caso devem ocorrer nos próximos dias, sem esquecer a gravidade das denúncias.
“É gravíssimo, no Brasil nunca teve esse fato, é muito ruim (...). Eu não sei a repercussão está tendo lá, mas o Congresso vai se posicionar, com certeza do lado da Lei”.
Fonte: gazetadigital
Autor: Vinicius Mendes e Pablo Rodrigo Foto Senado Federal