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13 de Agosto de 2021

Lúdio: bolsonaristas vão manter discurso porque preveem derrota

Lúdio: bolsonaristas vão manter discurso porque preveem derrota

O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) avaliou que, mesmo com o arquivamento da PEC do Voto Impresso na Câmara Federal, os bolsonaristas devem se agarrar à tese até as próximas eleições. Para ele, a tática será usada para "justificar a futura derrota nas urnas".

A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que previa a mudança no sistema eleitoral vigente, com impressão do voto para auditagem manual, foi derrotada em plenário na última terça-feira (10).

“O bolsonarismo, como se alimenta do ódio e de falsos problemas, vai manter esse debate na sua base até a eleição”, disse.

“Eles querem construir uma narrativa de fraude para as eleições de 2022, porque sabem que serão derrotados”, acrescentou.

 

O bolsonarismo, como se alimenta do ódio e de falsos problemas, vai manter esse debate na sua base até a eleição

Segundo Lúdio, Mato Grosso é um dos últimos redutos do bolsonarismo no país e as forças políticas que se articulam no Estado estão buscando ocupar o espaço que será deixado vago por eles, mas vão ter uma surpresa.

 

“Eles vão cair do cavalo quando estivemos próximos da eleição, porque o que está acontecendo no país, da população perceber o mal que o bolsonarismo faz, vai chegar a Mato Grosso”, afirmou.

Distritão

O parlamentar ainda criticou a proposta de mudança do sistema vigente de eleição no Legislativo, que é feito de forma proporcional, para o chamado “distritão”, onde apenas os mais votados são eleitos.

A proposta, aliás, foi rejeitada em primeiro turno pelo plenário da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (11), quando então foi aprovada a volta das coligações partidárias nas eleições proporcionais (para deputados federais, estaduais e vereadores).

“O distritão é um atraso é um atraso sem precedentes porque acaba com a lógica do programa partidário, porque a pessoa que disputa eleição é a pessoa que se elege, independente do que ele defenda ou não”, criticou Lúdio.

Atualmente, vereadores e deputados —estaduais e federais— são eleitos pelo sistema proporcional. Os assentos nas Casas Legislativas são distribuídos de acordo com a votação total dos candidatos e do partido (voto na legenda). Os votos excedentes dos mais votados ajudam a puxar candidatos com menos votos.

Caso o distritão fosse aprovado, seriam eleitos os primeiros da lista. Ou seja, toda a votação dada em excesso aos eleitos e a dada aos não eleitos não valeria nada.

Fonte: midianews

Autor: LISLAINE DOS ANJOS DA REDAÇÃO Foto MidiaNews