A segunda rodada da pesquisa Gazeta Dados, divulgada nesta segunda-feira (26), mostra que o presidente da República
Jair Bolsonaro (PL) se consolidou como o preferido dos mato-grossenses com 48% das intenções de voto contra 32% de Lula (PT).
Bolsonaro subiu 10 pontos em relação ao levantamento de agosto quando marcou 38%. Lula recuou 7 pontos percentuais em relação aos 39% que marcou na primeira pesquisa. Em terceiro lugar aparece Simone Tebet (MDB) com 5%, depois Ciro
Gomes (PDT) com 2%. Tebet cresceu 2 pontos e Ciro perdeu 2, em relação a pesquisa anterior. Já Soraya Thronicke (União) alcançou 1% pela primeira vez.
O Gazeta Dados também mostra uma redução no número de indecisos e abstenções. Brancos e nulos passaram de 5% para
4%. E quem não soube ou não quis responder caiu de 11 para 8%. Se levar em consideração apenas os votos válidos - quando não se contabilizam os votos brancos, nulos e indecisos - Bolsonaro chega 54,55% contra 36,36% de Lula. Tebet tem 5,68%,
Ciro 2,27% e Soraya 1,14%.
O crescimento de Bolsonaro em Mato Grosso reflete as últimas eleições com Bolsonaro à frente. Outro fator seria a visita
de Bolsonaro ao Estado na pré-campanha em abril deste ano. Mesmo não visitando o Estado durante as eleições, o seu vice,
general Braga Netto (PL) visitou o norte do Estado, assim como o senador Flávio Bolsonaro (PL). Já Lula e Alckmin (PSB) não tiveram agenda em Mato Grosso.
Historicamente, o PT sempre sai derrotado das eleições presidenciais no Estado, exceto na primeira eleição de Lula em 2002. Já em sua reeleição em 2006 e na eleição da ex-presidente Dilma Rousseff em 2010 e 2014, e em 2018 com Fernando Haddad, o PT acabou sendo derrotado.
Somado a isso, os candidatos bolsonaristas têm realizado mais campanha de rua com carreatas, adesivaços do que os candidatos do palanque de Lula. O crescimento de Bolsonaro também pode ser creditado ao palanque do governador Mauro Mendes (União), que busca à reeleição, e vem liderando com folga as pesquisas, assim como o senador Wellington Fagundes (PL).
Já o recuo da porcentagem de Lula reflete à baixa visibilidade de sua campanha no Estado, já que o palanque da federação tendo a primeira-dama de Cuiabá, Marcia Pinheiro (PV), como candidata ao governo, só decolou na última semana com
agendas em diversas regiões do Estado. Já o candidato ao Senado do grupo, Neri Geller (Progressistas) ficou vários dias sem o
registro de candidatura deferido por conta de sua cassação e inelegibilidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele ainda
possui pendências jurídicas em relação à candidatura.
Outro fator é que muitos candidatos proporcionais do PP e PSD foram liberados para apoiar Bolsonaro, mesmo a sigla
estando no palanque de Lula em Mato Grosso.
Faltando 6 dias para as eleições, lideranças dos dois grupos vão reforçar os palanques. O de Bolsonaro por conta do resultado positivo e o de Lula, para tentar reverter os números. Não chegaram a 1%.7
Já os demais candidatos Felipe D’Avila (Novo), Eymael (DC), Léo Péricles (Unidade Popular), Pablo Marçal (Pros), Padre Kelmon (PTB), Sofia Manzano (PCB) e Vera (PSTU) não apareceram porque não atingiram 1% na pesquisa.
Pesquisa foi realizada entre 22 a 25 de setembro e ouviu 1080 pessoas de forma presencial. A metodologia da pesquisa é Survey, com realização de entrevistas utilizando questionário estruturado junto a uma amostra representativa populacional do Estado de Mato Grosso, abrangendo 46 municípios das regiões norte, nordeste, sudoeste, centro sul e sudeste.
A pesquisa usa amostra por quotas, proporcionais às características sócio econômicas da população.A margem de erro é de 3,0 pontos percentuais para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada na
Justiça Eleitoral sob o nº MT01203/2022.
Fonte: gazetadigital
Autor: Pablo Rodrigo Foto Marcello Casal Jr/Agência Brasil