No Centro de Convivência Maria José de Oliveira Barbosa “Dona Zezé”, mais de 120 mulheres participam semanalmente da oficina de Costura Criativa, numa sala de aula equipada com máquinas industriais e semi-industriais e toda estrutura de matéria prima necessária para produção das peças. A unidade funciona como extensão do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Menino Jesus e foi pensada pela Prefeitura de Sinop para atender a demanda crescente da população em situação de vulnerabilidade da região dos Vilas.
Alba Adriana Costa é a oficineira que ministra as aulas de costura, ela detalhou como funciona a oficina. “Esse curso tem duração de três meses, tempo em que estaremos preparando essas mulheres para o trabalho informal em casa ou formal nas empresas. Elas começam a ter uma perspectiva de vida diferente e a ver que podem sim gerar renda com a costura. Trabalhar aqui no centro de Convivência está sendo um aprendizado também para mim, porque nesse curso consigo fazer um momento de costura terapêutica com essas alunas”, relatou.
Uma das alunas da oficina da oficina de Costura Criativa é Bruna Aparecida de Oliveira Silva, ela almeja aproveitar o aprendizado do curso para empreender depois. “Quero aprender mais com a professora Alba, porque ela tem uma paciência enorme com a gente, ensina bem e toda dúvida que temos ela tira e sempre está disposta a nos ajudar. Futuramente eu pretendo adquirir uma máquina mais moderna para eu produzir e vender, eu por enquanto só faço conserto das roupas do pessoal de casa. Posso estar estressada do jeito que for, quando costuro acaba o estresse todo, passa o dia que nem vejo”, declarou.
A pasta à frente do Centro de Convivência Dona Zezé é a secretaria de Assistência Social, Trabalho e Habitação, responsável pelo estudo que constatou que das 24.877 famílias inscritas no Cadastro Único, 11.611 estão concentradas neste território. “Nosso objetivo com o levantamento e depois a implantação da unidade é contribuir, de forma efetiva, para redução da pobreza e incentivar a independência das famílias, esse é um compromisso do prefeito Roberto Dorner”, informou a secretária de Assistência Social, Scheila Pedroso.
Rosirely Ferreira, moradora do bairro Boa Vista há 25 anos, também relatou sua experiência com a oficina e como se sentiu com a chegada do Centro de Convivência na sua região. “Eu gostei, amei, porque não tínhamos nada de distração e lazer aqui perto para fazer, era só serviço de casa e assistir televisão mesmo. Agora ainda vou conseguir ganhar um dinheirinho, já trabalho com artesanato de crochê e pintura e quero ampliar, com a costura e meu crochê vai entrar mais dinheiro para gastar comigo mesma. Fiz uma tartaruguinha de peso de porta e já até vendi uma, eu gostei da experiência, muito interessante, uma oportunidade de evoluir e quem sabe começar o próprio negócio”, considerou.
Alba ainda destacou alguns relatos de experiências das próprias alunas. “Muitas mulheres saíram da depressão fazendo esse curso e hoje conseguem viver sua vida de forma tranquila. Temos algumas alunas desse curso que compraram máquina para começar a trabalhar em casa, já tem aluna que está vendendo peças com o que aprendeu em pouco tempo de curso”, completou a oficineira.
Fonte: Assessoria da Prefeitura
Autor: Mylene Dias