Foram quase 28 anos de dedicação, a um único local de trabalho, a Escola Municipal de Educação Básica Valter Kunze. Desde quando entrou na Prefeitura de Sinop, no concurso de 1994, a servidora Marlei Trentini esteve empenhada ao serviço de zeladora e de inspetora de pátio e teve o privilégio de ver muitas crianças crescerem e de deixar uma lembrança afetuosa na vida delas.
O tempo transformou aqueles alunos em homens e mulheres formados, exercendo suas profissões na cidade. Entretanto, não impediu dessas crianças reconhecerem esta personalidade nos dias atuais. São inúmeras as histórias como esta: “Esses dias foi um senhor na pizzaria eu estava trabalhando no caixa e ele disse: 'mas eu te conheço”. Eu respondi: 'mas eu não lembro'. Ele perguntou: 'Teu nome é Marlei e você trabalhava lá no Valter Kunze, eu sou o fulano'. Eu falei: 'Nossa que bom que você me reconheceu porque isso é muito gratificante’'.
Esses advogados, médicos e tantos outros profissionais que se formaram, quando crianças, eram vistos como filhos. Crianças alegres e brincalhonas que corriam pelo pátio em busca deste carinho de mãe. As professoras até adotavam uma postura mais zelosa diante de tanto apego. “Teve uma época que tinha o pré-escola. As crianças gostavam muito de mim e quando eu passava na frente das salas lavando o piso, as professoras tinham que fechar a porta, porque elas vinham correndo: 'Oi tia, oi tia'. Isso era uma alegria pra mim”.
Marlei contou que quando a escola passou por uma grande reforma, os pedreiros entraram na "linha", porque ela estava em cima o tempo todo fiscalizando. “Eu ia todos os dias, inclusive nos sábados. Quando eu via um serviço mal feito, pedia pra refazer”, explicou. Por diversas vezes a diretora pediu a Marlei para que ela fosse olhar a escola, quando o alarme disparava, junto a a empresa de segurança.
Este empenho ao trabalho se estendeu aos eventos da cidade, quando era requisitada pra ajudar na cozinha. Festa das Nações, Festas Juninas, Exponop, eventos de capacitação dos professores, Marlei era a responsável pelo café, almoço e janta dos participantes. Trabalho que sempre fez com carinho e amor, e que muitas vezes era exigido acordar de madrugada. “Eram dias de festa, mas era muito gostoso”, ressaltou.
Mesmo com disposição e ânimo para trabalhar, a aposentaria chegou numa boa hora pra poder cuidar da saúde. Entretanto, a palavra descanso não faz parte da vida da Marlei: “Eu faço bordado e crochê e ajudo meu filho na pizzaria. Eu gosto de trabalhar”. Como já dizia Confúcio: “Trabalhe com o que você ama e não precisará trabalhar na vida”.
Fonte: Assessoria da Prefeitura
Autor: Andressa Amaral